sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O verdadeiro significado de 'Sociedade Evoluída'

The brightest light is the one you follow.




Eu não sei o que é que vocês pensam… mas eu sempre tive uma 'relativa facilidade' em me colocar no lugar dos outros e, ultimamente, há uma ideia que não me tem saído da cabeça.






Se eu fosse um extraterrestre, eu não quereria visitar uma civilização que, pura e simplesmente, está a acabar com o único mundo que tem para subsistir… isso enquanto o sol não nos engole, mas pronto.

Eu não percebo como é que procuramos água e vida noutros planetas, eu não consigo perceber isso enquanto continuarem a morrer pessoas devido à fome, pessoas a morrer de sede, PESSOAS como nós que, independentemente da cor, possuem O direito de ter uma oportunidade. Eu não percebo porque é que o capitalismo explora tão vorazmente o continente no qual TODOS tivemos origem, eu não percebo tanta coisa… eu não percebo como é que existem princípios tão egocêntricos e deturpados, eu não percebo o porquê de existir 'gente de alta roda que dita a moda do Fado'. O nosso Fado….

Enquanto esta sociedade não conseguir resolver os seus problemas [desigualdade sócio-económica, fome… fome… fome… 'another soul is dying'] nós nunca seremos uma sociedade evoluída. Enquanto interesses oligárquicos continuarem a decidir o destino do Mundo, não seremos uma sociedade evoluída. Enquanto existirem guerras e ódio em vez de paz e amor, nunca seremos essa sociedade utópica que nos consideramos ser. NUNCA, mas mesmo nunca iria invadir um mundo como o nosso com o intuito de o conquistar [caso fosse ALIEN]… era só esperar pela auto-destruição humana que se está a materializar e, enquanto isso, lia um jornal e tomava um café. Ou então ia conquistar outros mundos…

domingo, 21 de outubro de 2012

Sobre as marcas, a influência delas e a gestão dessa exposição



Pitágoras recomendou àqueles que pretendiam ter bons pensamentos que se rodeassem de belas imagens. Ao revisitar o pensamento deixado por este ícone da Grécia clássica, abre-se caminho para que te consciencializes de que existem efeitos silenciosos e indiretos, que se jogam paralelamente à comunicação explícita, aos quais ninguém fica incólume.

Diversas coisas nos influenciam, nos mais diversos modos. Foi porventura esta constatação que levou o comércio a explorar, aprimorar e até exagerar o efeito da manipulação de influências externas associada processos de compra e venda. Assim terá nascido, arrisco, o marketing como o conhecemos.

As marcas são hoje bastiões de sugestão de estilos de vida, bastiões de sugestão de utopias a perseguir, e bastiões também de invenção de novas necessidades geradas à imagem e semelhança da sua suprema e incorrigível vontade de vender produtos.

Sem ti, elas (as marcas) não existem, mas será que sem elas tu também não? É esta a pergunta que te deixo, a qual encerra chaves para debateres no teu íntimo ou publicamente, em que medida a tua existência social orbita excessivamente em torno de marcas e em torno do que elas te sugerem em termos de imaginário no qual depois te projectas.

sábado, 13 de outubro de 2012

A Carta


Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais.
Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.
Andaria quando os outros páram, acordaria quando os outros dormem.
Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas…
Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.
Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês Homens…
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…”



Gabriel Garcia Marquez

domingo, 7 de outubro de 2012

Ouçámos Ricardo Reis...


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

domingo, 16 de setembro de 2012


Hoje vi esta imagem e fiquei triste. Não pelo conteúdo, não pelo que ele implica, mas por usarem o olhar inocente de uma criança para fazer passar uma mensagem. 

Exigem-se sacrifícios demasiado altos para a maioria dos portugueses. Muitos pa
ssarão o resto das suas vidas a contar os trocos no bolso, outros não poderão ajudar os seus familiares como até aqui faziam, muitos vêem perder regalias tidas como garantidas.

À parte disto, poucos são os que têm consciência que consumimos de mais, gastamos o que não era nosso, sabíamos que as coisas não estavam bem, mais ainda assim gastávamos!!! Permitimos àqueles que achavam que Portugal precisava de auto-estradas desertas as construíssem, permitimos que uma segurança social construída num tempo bem diferente do de agora, funcionasse como nos seus primórdios. 

Estávamos à espera do quê?

Quanto à troika!!!? Faz-me lembrar um amigo que me disse que se lhe saísse o euromilhões dava-me uma casa e não o dinheiro!!! Porquê? Porque com dinheiro e sem controlo, gastava-o e ficava pobre!!! Mais, com a casa tenho um tecto onde dormir, um abrigo para os temporais ou para o sol radiante...Sem ela passaria um mau bocado...Sem a troika, ou melhor, o dinheiro dela, quem pagava a médicos, quem pagava as pensões, os subsídios? Fomos nós que precisamos dela !!! Fomos nós desde o 25 de Abril!!! Não estávamos preparados para tanta liberdade, esquecemo-nos da responsabilidade que acarreta ser livre!!! 

Custa-me a viver sobre nestas condições económicas, dói-me ver as pessoas a querer oferecer condições aos seus filhos e não puderem, revolta-me que haja muitos sem tecto quando outros se dão ao luxo onde escolher...Mas gosto muito de viver num país pacifico, num país onde posso sair à rua com os meus primos pequenotes e brincar sem o medo de um soldado empunhando uma arma ao meu lado. Gosto de acordar e ouvir o som da natureza e não os veículos militares e policiais a apitar!!! Adoro pegar no automóvel do meu pai e ir à praia ao final do dia; detestaria sair do portão da minha casa e ver o ''bolinhas'' incendiado ou apedrejado...Mais que tudo gosto de viver Portugal, gosto de estar com os meus amigos perto de mim e não debaixo da terra ou num centro prisional qualquer!!!

Por isso revolto-me com a imagem que vi, porque como eu, muitos não serão indiferentes ao olhar daquela criança que não lê, não escreve mas sente!!! Sente os tumultos à sua volta!!! Não o merece!!! Sobretudo não merece ser utilizada como arma de arremesso, fomentando a revolta de todos que a olham!!!


As minhas palavras valem o que valem e não mais do que isso!!!

Escrito em 16 de Setembro de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

The First Grader


"Vou aprender até que tenha terra nos ouvidos." Quem o diz é Maruge, do Quénia, o aluno mais velho a entrar para a escola. Eu fi-lo com 5, o número que tem "pescoço comprido, barriga gorda e usa chapéu". Ele, aos 84 anos. 

A história de um Homem que lutou pelo seu país, pela lealdade à sua terra e ao seu povo. Por isso, pagou aos britânicos um preço demasiado alto: a vida da mulher e dos dois filhos. 

Vale a pena ver o filme. Vale a pena conhecer a história deste Homem e saber um pouco mais deste país.  Vale a pena!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um grande OBRIGADO aos nossos Heróis...

Caros Vielenses,

Se há fins-de-semana cheios de emoção, este foi um deles!
Em primeiro lugar faço referência à tão esperada e vivida Festa em Honra de Nossa Senhora das Neves. É sempre um acontecimento que merece destaque.
Mas não é pela Festa das Neves que hoje aqui escrevo. Escrevo sim pelo Orgulho que sinto depois do momento fantástico que assisti no domingo.
Depois de uma noitada de festa e de trabalho (realização do tapete florido), a minha agenda indicava que chegava o momento de, com duas horas de sono, carregar o andor de S. Sebastião - padroeiro dos injustamente perseguidos e dos militares – na procissão com os ilustres Pedro Rego, Tiago Amorim e Hugo Barbosa. Numa situação normal, após o almoço do dia 5 de Agosto, anseio uma tarde de descanso para recarregar baterias. Mas domingo não era um dia normal!
No exacto momento em que o relógio deu as 14h30, com o devido pedido de licença, terminei a refeição e activei o modo Olímpico. Mantendo a rotina de outros eventos desportivos de destaque, convidei o Tiago Amorim e a Ana Cadilha para me acompanharem no apoio à nossa selecção.
Ali estávamos os 3, de corpo e alma, colados na televisão, esperançados que algo histórico acontecesse. Eu e o Tiago, amantes desta modalidade, não tínhamos a menor dúvida de que uma surpresa poderia verificar-se mas a Ana, em sintonia com a maioria dos portugueses, pouco conhecia do potencial dos nossos jovens.
Desde o primeiro momento, ao verificar tamanha atitude e garra no jogo do Tiago Apolónia, percebemos que a nossa equipa ia lutar taco a taco com a grande selecção da Coreia do Sul. Depois foi o brilhantismo do Marcos ao derrotar o atleta nº 10 do ranking. Seguiu-se o momento espectacular em que o par Tiago / João, partindo de uma desvantagem de 2-0, carregaram com eles a vontade de vencer de uma nação, e proporcionaram um momento fantástico! Depois do jogo épico de pares o sonho estava mais que alimentado, mas não podíamos esquecer que o adversário era a Coreia do Sul. O João e o Marcos lutaram com todas as forças contra toda a pressão do momento e contra o talento dos seus adversários. Impressionante como Joo SeeHyuk devolvia todas as bolas (todas mesmo!) do João Pedro. Impressionate também o ritmo imposto pelo Ryu Seungmin! Os nossos atletas tudo fizeram e no final vivi um sentimento misto de amargura (ficamos tão perto…) e de extremo Orgulho! Mas, claro, será o último a prevalecer na minha mente e na de todos os portugueses!
Durante o jogo percebemos, eu e o Tiago Amorim, que a Ana estava particularmente surpreendida com o que estava a assistir. Milhares de portugueses sentiram o mesmo. Milhares de portugueses, naquela tarde, apaixonaram-se ao ver toda aquela garra que os atletas de ambas equipas depositavam em cada ponto jogado! Não haja dúvida, quando se tem contacto com o Ténis de Mesa de competição fica-se apaixonado! (Quem já praticou esta modalidade percebe perfeitamente o que estou a dizer…)
Desde os 10 anos que estou ligado ao Ténis de Mesa e, quem me bem conhece, sabe o quanto adoro esta modalidade. Não é apenas o jogo em si que nos cativa. É também toda a envolvente, que nos prende por completo, e o espírito forte de equipa necessário tratando-se de um desporto de 1 contra 1 ou 2 contra 2 (como foi bem referido ontem em abolatv pelo novo presidente da Federação de Ténis de Mesa).
Infelizmente, até domingo, esta modalidade era pouco reconhecida no nosso país. Todos os que praticam esta modalidade (os mais talentosos e os menos talentosos) sentiam o pouco reconhecimento dado! Mas, Domingo um novo capítulo começou a ser escrito no que diz respeito ao Ténis de Mesa português. O povo português ficou rendido ao talento dos nossos atletas! O povo português percebeu que temos jogadores de elite e que se batem de igual para igual com os ‘Tubarões’ da modalidade! O povo português reflectiu e conseguiu perceber que Ténis de Mesa e ping pong não é exactamente a mesma coisa… (Espero que o Ricardo Araújo Pereira mude a sua opinião sobre se o Ténis de Mesa deve ou não deve ser uma modalidade olímpica... J)
Ontem à hora de almoço, no meu local de trabalho, não perdi tempo em questionar os meus colegas se tinham visto o jogo. Apenas me responderam: “Não sabia que tínhamos atletas que jogavam tanto Ténis de Mesa! Foi espectacular!”

O meu muito obrigado a toda a comitiva mesa tenística que nos representou em Londres!

Fotos retiradas das páginas dos atletas João Monteiro e Marcos Freitas e da FPTM no Facebook.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Reza a História... III

Louise Brown, primeiro bebé proveta
Reza a História que em 25 de Julho de 1978, no Reino Unido, nasceria, através da fecundação in Vitro, Louise Brown, o primeiro bebé proveta.

A fecundação in Vitro é um método de fecundação artificial, no qual o óvulo é fertilizado fora do corpo da mulher (num prato de laboratório) através de uma micro-injecção intracitoplasmática e que, de seguida, é implantado no útero materno.

Esta técnica foi descoberta e desenvolvida por Robert Edwards, um Fisiologista Britânico, premiado com o Prémio Nobel da Medicina em 2010.

A sua pesquisa resultou num processo inovador no tratamento da infertilidade, o qual já permitiu o nascimento de mais de 4 milhões de indivíduos.
Robert Edwards, o 'Pai' do primeiro bebé proveta
Eixpressões II
2º Encontro de Teatro Popular do Eixo Atlântico 

Programação para a cidade de Viana do Castelo 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Rascunhos...



Uma bela tarde de verão fazia-se adivinhar às primeiras horas da manhã daquele dia, quando cedo me levantei e as cortinas do quarto corri. Como todos os dias, as janelas do lugar que melhor conheço abri, um som incomum abraçou o ar pérfido saído do lugar onde acabara de descansar. Estranha sensação apoderou-se do meu inocente ser. Algo não estava bem naquele dia. Um ardor frio entranhou-se no meu peito. Não havia meio de sair, por muito que abraçasse o meu próprio corpo, por mais que tentasse soltar-me, o frio teimava em não abandoná-lo. Não queria acreditar no que me estava a acontecer. Inúmeros e variados pensamentos apoderaram-se do meu órgão supremo. Por breves momentos, procurei em vão encontrar alguma rede lógica capaz de unir todos aqueles pedaços oriundos de um lugar desconhecido. Um maço de cigarros entreaberto, pousado na escrivaninha já velha, junto da porta do quarto, acabara por ser o meu melhor amigo naquela manhã. O pegar do cigarro, o inspirar daquele bicho de pai desconhecido e mãe ausente, que os médicos, doentes do seu próprio conhecimento, tanto aconselham a não amar, é algo pelo qual me apaixonei, não pretendendo ser traído, não fosse ele o meu libertador e companheiro nas horas mais sombrias a que me fui acostumando, à medida que a vida se me foi mostrando.
(...)
Uma brisa quente apoderou-se do meu rosto, ainda meio ensonado, e fez brotar dos meus lábios o belo sorriso que eu emanava sempre que algo bom pela cabeça me passava.. Aos poucos, o frio, que invadira o meu corpo naquelas primeiras horas do dia, tornou-se menos intenso. Nas primeiras passadas que acabara de dar, o rosto da bela jovem, que conhecera uns dias antes numa esplanada junto a uma praia a escassos quilómetros da casa onde vivia, tomou conta do meu pensamento - como poderia não tomar... Aqueles cabelos castanhos lisos ao vento , como se de uma musa se tratasse, preenchiam qualquer definição de belo que eu conhecia.


Hugo Barbosa

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Reza a História... #II

Reza a História que há 94 anos atrás nasceu Nelson Mandela.
Aconselho a ver e, principalmente, a 'ouvir'!

Nelson Mandela: os caminhos da liberdade - Mundo - Notícias - RTP




"Seja qual for o Deus, eu sou o Mestre do meu destino e o Capitão da minha alma."
Nelson Mandela

Reza a História... #I

Georges Lemaitre (à esquerda) acompanhado por Albert Einstein (à direita).

Reza a história que em 17 de Julho de 1894 nasceu em Charleroi, na Bélgica, Georges Lemaitre.

Georges Lemaitre foi um Padre Católico, Astrónomo e Matemático que se imortalizou pela sua teoria para a criação do Universo - Hipótese do átomo primordial. Foi então considerado o pai da teoria do Big Bang.

Lemaitre descreveu o início do Universo como uma explosão de fogo de artifício, comparando as galáxias à esfera crescente de detritos que se afastam do centro da explosão. Ele acreditava que esta explosão foi o início do tempo em "a day without yesterday" (Um dia sem ontem). Foi também pioneiro na ideia de que o Universo se encontrava em expansão e não estático como até então se pensava.


Muitos cientistas que leram o artigo de Lemaitre aceitaram a ideia de que o Universo estava em expansão mas resistiram à ideia de que o Universo tinha um início. Estavam habituados à ideia de que o tempo existia desde sempre. Não soava muito lógico assumir que milhões infinitos de anos tinham passado antes do Universo ser criado. Lemaitre sugeriu que o 'Mundo' tinha um início definido no qual toda a matéria e energia estavam concentradas num único ponto:

"If the world has begun with a single quantum, the notions of space and time would altogether fail to have any meaning at the beginning; they would only begin to have a sensible meaning when the original quantum had been divided into a sufficient number of quanta. If this suggestion is correct, the beginning of the world happened a little before the beginning of space and time."


Numa série de conferências na Califórnia, Albert Einstein após ouvir a explicação de Lemaitre levantou-se, aplaudiu e disse:

"This is the most beautiful and satisfactory explanation of creation to which I have ever listened." 

Georges Lemaitre faleceu a 20 de Junho de 1966 com 71 anos de idade.

Adaptado do artigo  'A Day Without Yesterday': Georges Lemaitre & the Big Bang de Mark Midbon

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Change... It teaches us to evolve!


"There are 31,530,000 seconds in a year.
1,000 milliseconds in a second.
A million microseconds.
A billion nanoseconds.
And the one constant, connecting nanoseconds to years,is change.
The universe, from atom to galaxy,is in a perpetual state of flux.
But we humans don't like change.
We fight it. 
It scares us.
So we create the illusion of stasis.
We want to believe in a world at rest, the world of right now.
Yet our great paradox remains the same...
The moment we grasp the "now"... that "now" is gone.
We cling to snapshots.
But life is moving pictures.
Each nanosecond different from the last.
Time forces us to grow.
To adapt.
Because every time we blink our eyes... the world shifts beneath our feet.
(...)
Every day,every moment, every nanosecond the world changes.
Electrons bump into each other and react.
People collide and alter each other's paths.
Change isn't easy.
More often,it's wrenching and difficult.
But maybe that's a good thing.
Because it's change that makes us strong.
Keeps us resilient.
It teaches us to evolve."


Touch, episódio 12 da 1ª temporada

sábado, 14 de julho de 2012

Muda-te em oito passos!!!

Há algum tempo atrás, o nosso ilustre Vielense Rui Rego, deixou-nos aqui uma sugestão de leitura à qual não resisti. O nosso icebergue está a derreter  de Kotter é de facto um livro esplêndido, tanto pela forma como transmite a mensagem - uma fábula, como pela componente técnica envolvida no desafio da mudança, desde a observação da urgência de mudar à concepção do plano de acção.

Torna-se demasiado fácil contentarmo-nos com a nossa rotina, correr na nossa própria praia, pisar terreno firme e conhecido, contudo, que horizonte nos tráz esse modo apático? A mais do mesmo, creio!!! E quando nos virmos obrigados a mudar...será que estamos preparados? Antecipamos problemas? Seremos capazes de criar e aplicar soluções?

A nossa capacidade de observação é chave da mudança!!! Ver e agir!!

Por isso, meus caros aqui ficam os oitos passos da mudança propostos por John Kotter :

1) Defina o cenário -  Crie uma noção de urgência, ajude os outros a ver a necessidade de mudança e a importância de agir imediatamente.

2) Defina uma equipa - Alguém com credibilidade, competência, comunicação e análise é quem tu queres ao teu lado.

3) Decida o que fazer - Clarifique de que forma o futuro será diferente do passado e de que forma é possível fazer desse futuro uma realidade.

4) Comunica para compreender e persuadir.

5) Partilhe ideias e poder - Remova as barreiras de modo a que os outros façam das suas visões uma realidade.

6) Vitórias de curto prazo - Sucessos visíveis e inequívocos rápidos alegram qualquer alma.

7) O importante é não parar - Insista de forma mais intensa e rápida após os primeiros sucessos. A visão dever tornar-se uma realidade.

8) Crie uma nova cultura - A defesa firme e a promoção das novas formas de comportamento proporcionam a substituição de tradições antigas.

Adaptado , O nosso icebergue está a derreter, Kotter, J.




terça-feira, 10 de julho de 2012

Sobre a infantilidade de cidadania na dependência excessiva do estado


Uma fatia nada desprezável da população vê-se hoje numa 'miserável' dependência do Estado para conseguir aguentar o seu estilo de vida, para pagar as suas contas e para, arrisco dizer, dar sentido à sua vida.

Essa gente é considerada adulta mas, julgo eu, tende tragicamente para uma infantilidade de cidadania que os leva a achar que ao longo da sua vida e como que por decreto divino o Estado tem de ser o bom samaritano, a enfermeira, o médico, o lixeiro, o restaurante, o professor, o policia, o socorrista, o cemitério, etc, com que eles podem sempre contar de borla ou a preços de saldo.

Esta atitude, multiplicada pelo crescente número de 'estadodependentes' forçados pela economia ou contagiados por via política ou social, é paralisante e faz definhar a capacidade de resposta do Estado. Esse cidadão bebé-chorão que clama ruidosa mas apaticamente pelo biberão do Estado exclui-se como elemento activo, como agente que acrescenta valor para si e para os outros. Como tal, é um medíocre, que faz do compadrio grevista dessa mediocridade o seu analgésico.

sábado, 7 de julho de 2012

Hemingway...







''O Mundo é um lugar maravilhoso, vale a pena lutar por ele...''
                                                         Ernest Hemingway

terça-feira, 3 de julho de 2012

13, 14 e 15 - Largo das Neves
21 e 22 - Xinzo de Limia
27, 28 e 29 - Viana do Castelo

domingo, 24 de junho de 2012

À minha maneira...



E agora, o fim está aqui,
Encaro então,
A cortina final,
Meu amigo, falarei claro,
Exporei o meu caso, 
do qual tenho a certeza,
Eu vivi uma vida cheia,
Eu viajei cada estrada,
E muito mais que isso,
Fi-lo à minha maneira

Arrependimentos,
Eu tive alguns,
Mas, novamente, muito poucos para mencionar.
Fiz o que tinha a fazer e vi tudo, sem isenção.
Planeei cada caminho do mapa,
Cada passo, à minha maneira.
E mais do que isso,
Fi-lo à minha maneira…
Sim, houve muitas vezes,
Tenho a certeza que tu sabias,
Mordi muito mais do que o que podia mastigar,
Mas apesar de tudo,
Quando havia dúvidas, eu engoli e cuspi,
Enfrentei tudo e,
Fi-lo à minha maneira.

Eu amei, eu ri e chorei,
Tive as minhas falhas, a minha parte de derrotas.
E agora,
Como as lágrimas descem,
Eu acho tudo tão divertido.
Pensar que fiz  tudo,
Talvez possa dizer, não de uma maneira tímida,
Óh óh não,
Fi-lo à minha maneira…

Pois o que é o homem, o que ele tem?
Se não ele próprio, não tem nada…
Para dizer o que sente verdadeiramente e,
Não as palavras de alguém que se ajoelha…
O registo mostra, suportei os golpes,
E fi-lo à minha maneira...


Sim, fi-lo à minha maneira...
 Jacques Revaux, Claude Francois, Gilles Thibaut, Paul Anka

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O que (não) vemos.


Não são poucas as vezes que damos conta de ter esgotado todas as formas possíveis de enfrentar uma situação, conhecer uma pessoa, traçar um percurso, definir uma estratégia, ler um livro, ouvir uma música, ver um filme, comer uma refeição, cantar uma canção, tocar uma peça, dizer uma palavra, uma frase, um discurso de muitas palavras e muitas frases, cumprimentar um amigo, sorrir, escovar os dentes, ensaboar o corpo, outras. Prevertidamente, pensamos que conhecemos tudo ou então que tudo o resto não pode ser melhor do que já foi vivido. Será aborrecido passar novamente por um outro mesmo ainda que ligeiramente diferente. Se tal é assim, de mesmo não se pode chamar.

Não são poucas as vezes que damos conta de ter esgotado todas as formas possíveis de observar uma paisagem. Haverá sempre mais uma, muitas vezes nascida do instantâneo, que nos surpreende, que nos muda, que nos faz nunca mais querer outra...


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sobre a tolerância musical como forma de refinamento cultural



Há quem julgue perceber de música a tal ponto que se convence a determinada altura de que tem um direito celestial para descartar peremptoriamente toda a produção que não encaixe nos seus padrões canónicos e de a esconjurar da sua proximidade.

A tolerância para com os géneros musicais é um sinal de refinamento bem mais poderoso do que qualquer musculada satirização e ridicularização daqueles tipos de música que nos causam mais urticária ao ouvido, mas sobretudo ao pensamento. Aproxima as pessoas.

É que a cultura e a nossa relação com ela funciona como um barómetro gratuito de aferição do grau de maturidade e ecletismo que mora em cada um de nós. Ao pressupores que tens em ti todo um tremendo conhecimento musical que te torna capaz de discernir sobre que música é boa e que música não presta, transformas-te mais num ditador musical do que num especialista em música.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

a quaestio mihi factus sum

''a questão que me tornei para mim mesmo'' 


''É altamente improvável que nós, que podemos conhecer, determinar e definir a essência natural de todas as coisas que nos rodeiam e que não somos, venhamos a ser capazes de fazer o mesmo a nosso próprio respeito: seria como saltar sobre a nossa própria sombra''.
...

''O problema é que as formas de cognição humana aplicáveis às coisas dotadas de qualidades naturais - inclusive nós mesmos, na limitada medida em que somos exemplares da especie de vida orgânica mais altamente desenvolvida - de nada nos valem quando levantamos a pergunta: e quem somos nós?''

A condição humana,  Hannah Arendt, 1958


O maior desafio do Homem expressa-se, na simples pergunta, quem somos nós?

Quem sou eu? Quem és tu? Já alguma vez pensaste nisso?

Tenta por escassos momentos responder a essa simples pergunta; um mar dúvidas inquietantes apoderar-se-à de ti...Não fujas dele...Talvez não durmas nessa noite, talvez na seguinte, também não feches os olhos...

Se irá valer a pena? Não sei...Mas não mais ficarás indiferente à tua condição humana...O desafio de uma vida acaba de começar...Felicidades para o caminho...

Partilha o que descobrires...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A Jangada de Pedra

as vidas não começam quando as pessoas nascem, se assim fosse, cada dia era um dia ganho, as vidas principiam mais tarde, quantas vezes tarde de mais, para não falar daquelas que mal tendo começado já se acabaram, por isso é que o outro gritou, Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido.

a esses observadores que conseguem ver um completo olimpo de deuses e deusas onde não há mais que simples nuvens passando, ou àqueles que têm diante dos olhos Júpiter Tonante e lhe chamam vapor atmosférico, não nos cansaremos nunca de recordar que não basta falar de circunstâncias, com a sua divisão bipolar entre antecedentes e consequentes, como por abreviação de esforço mental se usa, mas sim é necessário considerar o que infalivelmente se situa entre uns e outros, digamo-lo por extenso e na sua ordem, o tempo, o lugar, o motivo, os meios, a pessoa, o facto, a maneira, se tudo não for medido e ponderado espera-nos o erro fatal no primeiro juízo proposto. O homem é um ser inteligente, sem dúvida, mas não tanto quanto seria desejável, e esta é uma verificação e confissão de humildade que sempre deverá começar por nós próprios, como da caridade bem compreendida se diz, antes que no-lo atirem à cara.

pelo dedo se conhece o gigante

(A Jangada de Pedra, José Saramago)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Tempos de hoje...

Autor desconhecido
Tempos de hoje... Onde muitos se interrogam se vale a pena...se vale a pena tantos sacrifícios por parte daqueles que menos podem, menos contribuíram para o desequilíbrio das contas públicas, que não são responsáveis por roubos de poupanças e não pertencem a teias de poder ou não participam nos seus jogos (bem particulares, por sinal)...

 É o mesmo Tempo!!!

O Tempo de sermos governados pelos programas que elegemos. Não queremos e não merecermos ser esquecidos - sim, esquecidos - pelas pessoas em quem depositamos a nossa confiança, as mesmas que juraram servir Portugal e não os seus bolsos . 

Nós, os de chapéu castanho, os da margem esquerda - para quem lê de frente - sentimo-nos cansados de ver os telejornais, ou jornais da noite, serem inundados de especulações, investigações e discussões sobre falcatruas, atentados à dignidade moral e pessoal dos cidadãos, e a que o importante seja discutido em segundo plano, em programas de canais inacessiveis à maioria e a horas adiantadas.

Merecemos mais e melhor!!!


terça-feira, 29 de maio de 2012

Sobre considerações de natureza económica conjuntural


A conjuntura económica actual encerra uma lição marcante, que incide sobre a ideia de que o mundo interligado de hoje é pródigo em forças contrárias ou coincidentes e competitivas, mas continuar a equilibra-se pela conjugação compensatória, e que o jogo da economia é um jogo de soma zero. 

Se um ganha de repente uma fortuna, não é que essa fortuna seja condenável porque deixa de ser ganha por outros (o mérito de gerar riqueza parece ser indiscutível) mas essa fortuna afectará a proporção e o valor do pouco dinheiro que de todos os outros ditos desafortunados possui.

De nada nos adianta ganhar 20 se o vizinho ganha 20, só serás ricos se o vizinho ganhar 10 e tu 20. A luta capitalista quer dos bancos como dos investidores privados é esta: ganhar mais dinheiro que os outros, porque a riqueza estará nessa diferença de ganhos e não no ganho absoluto (interessa mais saber quantos % aumentou o lucro do que em quanto se cifrou esse lucro). É este espírito furtivo do investidor-caçador que preside à especulação e origina este aprisionamento económico tão distinto da criação efectiva de riqueza e valor pela força do trabalho.

terça-feira, 22 de maio de 2012

And you? Are you able to grab the Spotlight?

I know I am. And I also know that this isn't Portuguese. Well, sometimes English provides me with more options to express myself, when compared to my "first and second" native languages. However you're not obliged to read what I wrote. Pardon me, I'm not being rude, in fact, I don't want to waste your precious time (as long as you don't spend it on Facebook). That said, is up to you.

Her ex-husband passed away and she was terrified with the idea of attending his funeral. Why you may ask… well, she just never tried to say it. She just could't.
And then, out of nowhere she stood up, head up high, and began to talk about her feelings and her thoughts and her life experiences… and began to fight for her life in order to change it. To make it better. To enjoy it as if life itself was ephemeral (is it not?). She did that when the opportunity emerged in the middle of her fear, a spotlight that she could't decline. I would do the same. I do that everyday, the best way I know. I pursue all the happiness that life has to give... but sometimes I'm the only one who thinks I'm right. There's no problem in that! In fact, knowing that no one else agrees with me only strengthens my will to prove they're wrong. 
Sometimes, when I talk about my dreams, people tell me I'm far too high in the sky. And so what? Is it wrong to dream high? Is it wrong to fight for what we want in life? Is it wrong to be happy?

I know is just a movie… but always remember: It takes time to extract joy from life…




sábado, 19 de maio de 2012

Paradise, Coldplay



Alguns moradores estiveram lá. Um concerto memorável no estádio do Dragão. E assim se pode sentir o Paraíso...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Caminhada...


Interessante olhar a representação gráfica do resumo da nossa vida. Cada pessoa simboliza cada uma das etapas da vida a que a sociedade nos habituou a viver. Não tem de ser assim...Não temos de ser académicos, não temos de viver a velhice, mas sobretudo não temos de viver a vida dos outros ou a que muitos gostariam que vivêssemos.


A vida é uma prova de autencidade, vontade própria e busca da felicidade. Ao longo deste caminho encontramos amigos, pessoas a quem somos indiferentes, pessoas que não passam um dia sem ouvir a nossa voz, não passam um dia sem sentir as nossas mãos, não passam um dia sem que um beijo nosso acaricie o seu rosto. 

Na verdade, assim é uma vida intensa. Uma vida onde tempo não conhece o descanso e onde a infelicidade se enganou na placa quando guiava no nosso sentido...

Quanto tempo queres viver?

domingo, 13 de maio de 2012

O outro Afeganistão


The Kite Runner (O Menino de Cabul, na versão portuguesa) é um filme de 2007 de Marc Forster (o mesmo realizador de Finding Neverland) adaptado do primeiro romance de Khaled Hosseini, escrito em 2003.

O filme mostra o Afeganistão que nunca tivemos oportunidade de conhecer: o Afeganistão das corridas de papagaios antes da invasão soviética de 1979, antes do êxodo para o vizinho Paquistão e para os EUA, antes do regime talibã. A História de um Afeganistão que já não existe...

Um filme que muda completamente a nossa forma de ver o Afeganistão e o seu povo. Um filme sobre amizade, cultura, tradição e liberdade. Brilhante!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sobre o problema da concentração que a internet encerra


Existe neste momento gente a estudar um fenómeno doentio caracterizado por um dependência intensiva das redes sociais que reflecte, no fundo, os sinais destes tempos, em que o êxtase de estar ligado a todos e a estar em constante consumo de pequenos conteúdos noticiosos, humorísticos ou de bisbilhotices é por demais apelativo. 

 Um dos problemas que a Internet vem atenuar (porque nos faz ignorá-lo) é o problema da concentração. Um indivíduo é capaz de estar uma hora a saltitar de conteúdos em conteúdos, lendo aqui umas coisas, indo depois ver ali umas imagens, canais de vídeo, música. Pois bem, tudo é informação, mas a qualidade da informação e o efeito dessa informação na pessoa e no seu crescimento individual não é de forma alguma o mesmo. Se o fosse, as pessoas veriam com idêntica naturalidade substituir essa hora despendida na Internet por uma hora a ler um bom livro, um livro que as interessasse verdadeiramente. 

Há conteúdos que requerem um patamar de concentração mais intenso e prolongado. Requererão um esforço àqueles menos treinados, mas retornam seguramente muito mais à pessoa do que o estonteante mundo das cores, luzes e sons, que a Internet nos dá a distrair diariamente e à borla.

Aonde queremos ir, vamos!



Imaginem que o mar é a vossa vida. Vocês são um pequeno veleiro, de aparência frágil mas de estrutura robusta. Não o querem levar a percorrer a imensa vastidão dos oceanos da vida? Eu sei que sim, que desejam isso da mesma forma que necessitam de respirar.
Imaginem também que o vento que vos impulsiona é a vontade de perseguir sonhos, de sentir felicidade (e não de a fingir) e de serem vocês próprios despidos de qualquer preconceito e medo do que os outros pensam. Quereriam vocês uma brisa ligeira, tímida e sem sabor ou quereriam um vento com a certeza de que quer continuar a soprar até ao fim do mar?

Levantem-se e lutem contra a apatia e a escuridão. Lutem pelo que querem, sempre! Assim nunca irão parar de velejar na vida…

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A montanha é o caminho...

''Se não formos além da nossa zona de conforto, senão se exigir constantemente de nós próprios, estamos a optar por uma vida apática. Estamos a negar a nós próprios uma viagem extraordinária''



Dean  Karnases


Tive, recentemente, o prazer de assistir a uma palestra do João Garcia, o nosso melhor alpinista. É sem dúvida um excelente exemplo daqueles poucos que fogem da sua zona de conforto e se aventuram a desbravar o caminho que muitos ousam pisar.





Deixo-vos o filme de introdução da palestra do João Garcia, aquele para quem '' a montanha não é o obstáculo, a montanha é o caminho''.






joaogarcia.com


sábado, 5 de maio de 2012

Uma questão de detalhe

É nos pequenos detalhes da nossa forma de estar e, consequentemente, de agir que a nossa vida se define. É também nos detalhes que distinguimos o conhecido dos outros, o bom do mau, o belo do feio, o simples do complexo. Concretamente, o que um indivíduo define como detalhe pode ser diferente do que define um outro. É por isso que o mesmo mundo é interpretado de múltiplas formas, umas tão distintas, outras tão íntimas que diferem apenas... num pequeno detalhe. Ainda assim, nunca iguais.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Os dramas na nossa cabeça…

Há coisas que são mais [ou menos] marcantes na nossa vida. A sua importância reflecte-se, em grande parte, naquilo que vai dentro da nossa mente, dentro daquilo que a nossa alma nos faz pensar. E ultimamente, há uma ideia, uma frase, que não me sai da cabeça. Não sei bem porquê, mas bastou ler essa frase uma única vez para me rever por completo. Foi um acontecimento espontâneo e de certa forma subtil, acompanhado por um calor frio que percorreu o meu corpo. Talvez tenha sido uma epifania…
Desculpem o meu devaneio [às vezes dou por mim a falar de Z quando comecei a falar por A. Se virmos bem, a distância não é assim tão grande, tudo é relativo]. 

A frase é simples e consegue ser directa o suficiente, sem denunciar por completo a sua intenção de marcar uma posição, definir um sentimento e/ou personalidade. Vi pela primeira vez esta frase num filme que superou as minhas expectativas. Porquê? Pela simplicidade da história, que de complicado apenas tem o preconceito maldito que teima em acompanhar uma geração que se diz "cada vez mais avançada". Bem, de avançado terão apenas o nome pois conceitos formados sem conhecimento de factos é como… olhem, é como dizer que nós fomos feitos à imagem de Deus [expliquem-me então o porquê de existirem "brancos", "pretos" e "amarelos" - desculpem a minha terminologia mas não há nenhuma intenção de ofender quem quer que seja].

A frase é, passo a citar: "Tu consegues viver com dramas. Eu não!"


Que frase tão simples, podem pensar vocês. Sim, sem dúvida que é a simplicidade personificada. Parece não ter nada de mais, mas para mim, tem tudo o que eu sou, resumido em tão poucas palavras que ainda não consigo deixar de sentir aquele calor frio de que vos falei. Esta é a minha forma de encarar a vida: nada de dramas, nada de chatices.

Imaginem que o vosso melhor amigo teve uma atitude menos boa. Uma atitude que vos deixou tristes e chateados. Deixem-me fazer-vos uma pergunta: acham que é necessário passar horas, dias, semanas ou até meses sem lhe dirigir uma palavra, ou sem o considerar "melhor amigo" [passo a expressão]?
Deixem-me colocar isto de outra forma. Imaginem que, por mês, discutiam [ou estavam chateados, com remorsos…] o equivalente a um dia. Num ano isso perfazia 12 dias. Em 10 anos, 120 dias. Imaginemos agora que começam a discutir aos vinte e morrem aos 80. Assim, 6*120=720 dias o que perfaz dois anos. Vocês preferem passar 2 anos a discutir, ou preferem gastar esse tempo a divertirem-se, a "ganhar" boas recordações e a aproveitar a fugacidade da vida? [Eu prefiro a segunda opção e acho que vocês também…]

Aprendam a perdoar [que não é sinónimo de esquecer] e aproveitem o que a vida tem de bom. Sejam como querem que sejam para vós e lembrem-se sempre de uma coisa: Quem odeia, não vive.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sobre o crescimento dos movimentos nacionalistas


Temos assistido com a típica apatia democrática ao florescer gratuito de movimentos nacionalistas que fundamentam a sua ambição política na extraordinária instigação de um ódio absurdo aos imigrantes. Critica-se neles o não se adaptarem ao nosso mundo civilizado e regrado, e censura-se-lhes a forma fechada e impermeável como vivem.

Não vou sequer ousar contra-argumentar esses ideais que rejeito de todo. Prefiro recordar que na vida há um dar e um receber e que hoje bebemos sem pestanejar das mais diversas culturas e prezamos ter em casa a diversidade temática e cultural, pelo que não precisamos de procurar muito para encontrar provas de como a convivência e partilha de experiências, estilos, culturas, práticas e ideias acrescentam valor ao nosso mundo.

Por isso apelo para que rejeitemos de nós essas fontes grosseiras que se alimentam de um ódio bárbaro e ignorante, que dá um enfoque imparcial aos alegados defeitos dos imigrantes e que sonega as suas virtudes e o valor que também acrescentam e têm como homens e mulheres que são.

1974, Abril, 25


O que é a liberdade?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

pós-Titanic

100 anos depois, o que mudou? Continuamos a achar que somos inquebráveis? Até onde nos levará esta viagem económica-social-ambiental? Ao fundo?

Devemos mesmo!

Não devemos deixar que o passado nos defina. O que nós somos depende apenas de nós próprios…

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Só um pensamento…


Todos nós conhecemos alguém [familiar, amigo, ou até mesmo nós próprios] que vive na sombra do medo. Medo de tentar por se poder falhar. Por vezes [muitas vezes, infelizmente] as pessoas desistem antes de tentar. Este Senhor falhou dez mil vezes. Dez mil!! Mas a diferença está no nunca desistir…

Se queremos alguma coisa na nossa vida [esse sonho maravilhoso que é a realidade], então temos de tentar. E tentar. E tentar até conseguirmos. Quando isso acontecer, iremos estar a viver um sonho dentro do melhor sonho do mundo - a própria vida.