sexta-feira, 22 de junho de 2012

O que (não) vemos.


Não são poucas as vezes que damos conta de ter esgotado todas as formas possíveis de enfrentar uma situação, conhecer uma pessoa, traçar um percurso, definir uma estratégia, ler um livro, ouvir uma música, ver um filme, comer uma refeição, cantar uma canção, tocar uma peça, dizer uma palavra, uma frase, um discurso de muitas palavras e muitas frases, cumprimentar um amigo, sorrir, escovar os dentes, ensaboar o corpo, outras. Prevertidamente, pensamos que conhecemos tudo ou então que tudo o resto não pode ser melhor do que já foi vivido. Será aborrecido passar novamente por um outro mesmo ainda que ligeiramente diferente. Se tal é assim, de mesmo não se pode chamar.

Não são poucas as vezes que damos conta de ter esgotado todas as formas possíveis de observar uma paisagem. Haverá sempre mais uma, muitas vezes nascida do instantâneo, que nos surpreende, que nos muda, que nos faz nunca mais querer outra...


Sem comentários:

Enviar um comentário