sexta-feira, 20 de abril de 2012

Devemos mesmo!

Não devemos deixar que o passado nos defina. O que nós somos depende apenas de nós próprios…

5 comentários:

  1. Jaglavk, permite-me concordar mais com o MM quando escreve "...tudo o que és, tudo o que tens, todas as tuas cintilantes ideias são só produto individual do teu cérebro, espírito ou genética. Pois bem, isso é falso."

    Estes confrontos de ideias tornam esta Viela ainda mais 'rica'.

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  2. Claro que permito! E ainda bem que não concordas comigo, pois é sinal que fomentei algum tipo de pensamento dentro de ti. Aceito a ideia de que muito do que somos depende de factores, digamos, "externos" a nós mesmos. No entanto, é a assimilação desses factores e a forma como o fazemos que nos define. Claro que em nenhum instante deixamos de sentir a influência do mundo à nossa volta, quer seja na tomada de decisões ou em outro qualquer aspecto da nossa vida. Mas nem todos reagem igual à mesma influência. Isso deve-se ao "tal" modo de assimilação de que te falo.
    Sim, somos o que somos devido a tudo e todos os que já passaram e continuam a passar nas nossas vidas. Mas coloca outra pessoa, nas mesmas condições que te levaram a ser o que tu és hoje, e vê se ela se torna como tu (passo a expressão). Achas que tal seria possível?

    Eu acho que não… porque aquilo que tu és e o modo como assimilaste os factores "externos" é o que te define. A ti e ao rumo que queres que a tua vida leve.

    (Pressinto o início de um debate. Ou talvez não… mas até gostava) :)

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  3. Viva,

    Compreendo ambas as posições e percebo que estão em causa duas coisas distintas: uma coisa é o efeito em nós próprios de um passado que nos diz respeito; outra o modo como um mesmo passado pode ter efeitos diferentes em pessoas diferentes.

    Temos poder para influenciar e determinar uma boa e significativa parte do que somos, Jaglavak, mas isso não quer dizer que o que somos "depende apenas de nós". O 'apenas' que avançaste é porventura uma presunção demasiado forte e irrealista, pelo menos a meu ver.

    De qualquer forma, prefiro alguém imbuído da ideia que defendeste do que alguém fatalista quanto à mudança a ponto da inação e da desistência. Há margem suficiente em nós para alterar o rumo da nossa existência e o rumo do próprio mundo. Isso é efetivamente o que importa, e o que une o meu ponto de vista ao teu embora discorde num detalhe!

    Marcelo Melo

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  4. Se definirmos o indivíduo como ele próprio (de forma simples, pela genética) mais a sua circunstância (o ambiente), passamos a considerar o indivíduo como um todo e de facto o que ele é depende apenas dele (porque já contempla a sua circunstância). E foi talvez essa (in)definição que me levou a não concordar plenamente.

    Já em relação à primeira parte, concordo perfeitamente: não devemos deixar que os acontecimentos passados (quer eles tenham sido bons ou maus) condicionem as ações futuras. Contudo, uma nova ação não deve ser completamente independente do passado, devendo servir este como referência.

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  5. Tiago, a única referência que o passado tem sobre ti é a forma como encaras as coisas. Por exemplo, eu [e já muitas pessoas o afirmaram, por isso não estarei errado de todo] não dou muita importância àquilo que designo como "desviantes da felicidade". Em suma, eu não me deixo influenciar negativamente por aquilo que considero pequeno e insignificante [birras, discussões, azares do Fado…] e tento aproveitar a vida ao máximo. O meu passado teve, como o de todos, bons e maus [por vezes mesmo maus] momentos. Isso ensinou-me a encarar o presente e a perspectivar o futuro de uma forma que há alguns anos atrás consideraria errada.

    Aqui dou o braço a torcer e concordo com o Marcelo: eu sou como sou pelo passado que tive. Mas a forma como eu encarei esse passado [e agora o presente] é que me levou onde estou hoje.
    Noutro passado, com a mesma forma de encarar a vida, provavelmente teria resultado numa outra pessoa. Mas nunca se esqueçam de que nós somos o produto de nós próprios, de acordo com os factores externos a que estamos sujeitos. E a nossa forma de assimilar esses factores não é imutável. Ela altera-se de forma a acompanhar a nossa evolução como pessoas…

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