Por intermédio das palavras e da construção de raciocínios, tens ao teu dispôr o incomensurável poder de explorar, dissecar e revolver qualquer assunto que pretendas.
Nunca qualquer país esteve tão bem servido de gente capaz de juntar factos, extrair conclusões, maquinar teses sobre isto e aqueloutro, derrubar argumentos de outrem, defender pontos de vista, etc. À medida que mais pessoas aprofundam o seu percurso de instrução, mais e melhor avaliadores, analisadores, investigadores vamos tendo.
Porém, para que serve toda essa capacidade orgânica de sinapses atrás de sinapses cujo âmbito não é mais do que processar informação? Dito de outro modo, quais os limites que devem existir para teorização?
Um governa e 1 milhão analisa em teoria essa governação. Um treina e outro milhão analisa em teoria o treinamento. Um vive e mais outro milhão analisa em teoria essa vivência?
"Tudo o que é demais é exagero".
Bem observado! Resta a uma minoria de dissidentes tentar subverter essa realidade, utilizar o curto-circuito de "sinapses" como bem lhe chamas como um meio e não um fim em si mesmo - viver e agir como consequência do pensar.
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