O caro Hugo Barbosa fez aqui referência, ainda há dias, a Sir Edmund Hillary, o montanhista e explorador neozelandês que conquistou, pela primeira vez na história da humanidade (em 29 de Maio de 1953), o monte Everest (juntamente com o sherpa Tenzing Norgay), o ponto mais elevado na Terra.
Mas eu não poderia deixar passar a oportunidade para também lembrar aqui um dos grandes exploradores que a humanidade conheceu: George Mallory. Mallory, acompanhado por Andrew Irvine, tentou a ascensão ao pico do Everest em Junho do ano 1924, naquela que era a primeira expedição organizada para atingir tal intento. Porém, nem Mallory nem o seu companheiro sobreviveram à ascensão, tendo desaparecido algures na face nordeste do pico. O equipamento manifestamente insuficiente e inadequado da altura, as difíceis condições atmosféricas, a dureza do terreno, ou a exaustão física e os problemas com a falta de oxigénio, ditaram o fim trágico daqueles dois heróicos exploradores.
Só passados 75 anos, em 1999, foi descoberto o cadáver de Mallory (bastante conservado devido ao frio), a cerca de 8100 metros de altitude.
Para a eternidade ficará a dúvida se Mallory e Irvine chegaram a atingir o tão almejado cume do Everest, a 8.848 metros de altitude, durante aquela fatídica ascensão. Ainda hoje não há certezas, havendo quem defenda que os alpinistas morreram já na fase da descida, tendo sido, desse modo, os primeiros humanos a conquistar o ponto mais elevado do planeta Terra.
Bem, não vou aqui desenvolver esta tese, ou a sua antítese, nem vou tomar partido por ninguém. Há muitos documentários sobre esta questão, e pela internet são imensas as páginas sobre a conquista do Everest.
Eu iria apenas citar aquelas que são consideradas as três palavras mais famosas de todo o montanhismo, e que são atribuídas a Mallory.
Questionado (tal como Hillary) porque razão queria subir ao Monte Everest, Mallory respondeu muito simplesmente: porque está lá ("because it's there" no original).
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