sábado, 31 de março de 2012
Proporção divina...?
quarta-feira, 28 de março de 2012
Sê diferente. Sê tu próprio.
terça-feira, 27 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
Felicidade!
quarta-feira, 21 de março de 2012
Mil palavras..nem sempre suficiente...
terça-feira, 20 de março de 2012
Sobre as raízes da falta de sinceridade entre as pessoas
Se algum dia te perguntares porque motivo as pessoas não são sinceras umas com as outras e porque temem falar verdade e confessar que nem tudo é um mar de rosas nas suas vidas, compreende que o mundo que serve de palco a essas pessoas pode ser um mundo hostil em que subjaz uma vertiginosa competição associada à lei do mais forte.
Como ser sincero quando essa sinceridade se torna numa arma de arremesso fácil e óbvia? Na ânsia de passar à frente, já ninguém se coíbe de atacar um ser que se sabe de antemão debilitado e diminuído na sua auto-estima e capacidade de defesa.
É também por este motivo que forjamos cada vez mais uma sociedade de aparências e mentira, onde cada um finge mostrar o melhor mesmo que esse melhor não more de facto em si e tudo se resuma a encenação. É matar ou morrer.
domingo, 18 de março de 2012
Política para um jovem...
quinta-feira, 15 de março de 2012
O Silêncio dos bons...
quarta-feira, 14 de março de 2012
Química das coisas...
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terça-feira, 13 de março de 2012
Sobre a tua coerência ou maturidade, como preferires
Do homem é esperada coerência. Quando te transformas num ser que ora quer ou não quer, ora avança ora vacila, ora tem regras ora não tem, ora gosta ora não gosta, então é "(h)ora" de parares para pensar o que é andas a fazer no mundo e o que é que queres da vida.
A indefinição do teu destino de vida é como que uma mistura entre um lado primitivo (dinossauro) que reage a estímulos motivado por aversão à dor e ao medo; e um lado infantil (girafa, porque não) que se deslumbra com cada estímulo, inocentemente, e procura os prazeres mesmo que de antemão se saibam serem fugazes.
Creio que muitas vezes chamamos maturidade àquilo que aqui apresentei como coerência. A palavra não é assim tão relevante desde que o mecanismo que apresentei baste para te estimular a pensar sobre este tema.
sábado, 10 de março de 2012
Sê um Descobridor da Natureza...
Deste modo ou daquele modo,
conforme calha ou não calha,
podendo às vezes dizer o que penso,
e outras vezes dizendo-o mal e com misturas,
vou escrevendo os meus versos sem querer,
como se escrever não fosse uma coisa de gestos,
como se escrever fosse uma coisa que me acontecesse,
como dar-me o sol de fora.
Procuro dizer o que sinto,
sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à ideia.
E não precisar dum corredor
do pensamento de palavras.
Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar
(...)
E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem
mas como quem sente a Natureza, e mais nada.
E assim escrevo, ora bem, ora mal,
ora acertando com o quero dizer, ora errando,
caindo aqui, levantando-me acolá,
mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso.
Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza.
(...)
quinta-feira, 8 de março de 2012
Algo sobre a rutura do tempo
Dizem alguns cientistas e filósofos que o tempo não é linear e contínuo, não passa sempre da mesma maneira. Aliás, arrisco a dizer que a passagem do tempo é tudo menos regular e coerente.
Isso acontece porque o tempo é um conceito da mente humana e nela crescem e murcham representações da realidade que construímos a partir do que já vivemos ou do que inda viveremos. Vulgarmente, atribuímos a estes conjuntos de representações as designações de passado e futuro.
Um exemplo: quando imagino uma vida da qual o meu pai já não faz parte é como se estivesse a dizer em paralelo “O meu pai morreu”. Nesse momento, vivo num tempo futuro e por essa razão sinto um vazio tão grande e um aperto no estômago que se torna verdade, apenas para mim e apenas durante esses instantes.
O mesmo acontece com o passado. Quando recordamos algum momento do passado, surge uma rutura no tempo. Mentalmente desloco-me ao passado, ou melhor, à ideia do passado que construí, por exemplo, de um momento de felicidade. Claro que procuro reter-me nesse momento, prolongá-lo, repeti-lo. A noção de tempo (segundos, minutos, horas) cessa e existo apenas nesse intervalo temporal construído na mente.
Essas ruturas são uma das chaves da felicidade. Elas existem e continuam a existir da forma tão recorrente quanto o desejarmos ou nos é imposto. Assim, acredito que o presente e tudo o que nele está incluído não são a única fonte de (in)felicidade. Toda a bagagem de experiências pessoais passadas ou por vir é igualmente importante, já que nessas experiências vivemos também durante tanto tempo.
Que o diga o avô que observa os netos a brincarem e recorda a sua infância feliz.
Que o diga a noiva apaixonada que ensaia mentalmente o seu casamento.
Religião e ciência à parte, faz realmente muito sentido que se diga que alguém ou algo vive através de nós, das nossas ruturas temporais.
quarta-feira, 7 de março de 2012
The land of cockaigne (1567), Pieter Bruegel
Achei este quadro tão engraçado que tinha de partilhá-lo!
Estamos na terra das doces delícias e, contra todas as ideias preconcebidas, em 1567 não são apenas os nobres e os clérigos que pensam em manducar manjares celestiais.
Nesta terra, não há a necessidade de trabalhar (como se pode ver pelo lavrador barrigudo a meio da sua sesta mexicana): as casas têm telhados com tartes; das árvores crescem mesas já compostas com pitéus; os catos (à direita) trocaram os espinhos por panquecas; e até os próprios animais chegam à terra já devidamente preparados para a devida degustação.
É o céu na terra!
Mas mesmo com tantas facilidades, prevemos uma realidade que pode resultar num cenário defeituoso. Afinal, um camponês obeso e preguiçoso, um escriturário que trocou os seus livros por sonhos, um soldado que depôs as armas, um cavaleiro sem cavalo e à espera das tartes que caiam do telhado… não auguram nada de bem para esta nem para qualquer sociedade que preconize a preguiça e a gula como seus princípios basilares!
segunda-feira, 5 de março de 2012
Dar continuidade
Confesso que ando cansado e com pouco tempo para isto. Porém, reconheço que tem sabido muito bem dar uma saltada de vez em quando ao Viela e verificar que os sinais vitais apresentam valores saudáveis, uma vez que o publicado se justifica. Nesse sentido, dou os sinceros parabéns a quem aceitou o repto e que, na medida dos possíveis, tem contribuído para a continuidade e validade desta iniciativa.
Apesar de ausentes física ou psicologicamente, sabemos que haverá sempre alguém no nosso espaço comum a partilhar a leitura e a escrita, mas também emoções e pensamentos. Independentemente do tempo e da distância, esta "arca digital" será sempre um elo de ligação entre os intervenientes, assim como, uma forma de ver e tocar no cantinho que nos viu nascer e crescer.
Portanto, mais uma boa razão para isto continuar. Sim, Vale a pena.
domingo, 4 de março de 2012
Valer a pena
Daquilo que se sabe, sujeito ao erro natural, porque ninguém esteve lá para ver ou ouvir, a expressão tem origem na mitologia egípcia. Para os egípcios (e mais tarde outros), a morte física não era o fim da existência, mas sim a passagem para uma vida espiritual no Além. Nos primórdios desta civilização, a vida para além da morte estava apenas destinada aos Faraós. Posteriormente esta possibilidade foi alargada a toda a população desde que a vida no mundo terreno fosse vivida em plena justiça e harmonia.
Para aferir se a vida tinha sido vivida em concordância com a deusa Maet (da justiça e do equilíbrio), o defunto era julgado na Sala das Duas Verdades. Este Julgamento Final (ou Julgamento de Osíris) é relatado no Livro dos Mortos, e à cena que retrata este julgamento dá-se o nome de psicostasia.
O defunto era levado à sala pela mão de Anúbis (corpo de homem, cabeça de chacal, deus da morte e do submundo). Na sala, o coração do defunto, tomado como símbolo de todas as emoções, desejos e ações, era pesado no prato esquerdo de uma balança. À direita, era colocada a pena da deusa Maet. Anúbis, averiguava o comportamento da balança, Toth (deus de todas as ciências, da sabedoria e da escrita, cabeça de íbis) anotava o resultado e Anemait (devoradora dos Mortos, parte leoa, parte hipopótamo e cabeça de crocodilo) esperava pela decisão. Se o coração fosse mais pesado que a pena, Anemait devoraria o coração e o defunto sofreria a Morte Final Completa. Com o coração aniquilado por Anemait, deixava de existir a possibilidade de ressurreição. Se o coração fosse mais leve que a pena, a alma poderia continuar o seu caminho e entrar no reino de Osíris, na eternidade.
Daqui vem a expressão 'valer a pena'. São emoções, desejos e ações que não nos tornam o coração pesado e fazem valer o peso da pena. E tudo vale a pena, mesmo não sendo a alma pequena?
Mentes audazes ou talvez iluminadas #2
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