Pelos campos verdes e floridos,
tipicos desta estação,
uma brisa quente
aquece o meu pálido rosto.
Conforta-me a sua ternura,
o carinho com que rodeia
a minha face.
Tece em mim sensações
que outrora alguém fez sentir.
Sobre a terra castanha e quente,
cultivada e tratada,
deambulo,
desejando que o meu pensamento
fosse como a terra que piso.
Um olhar mais atento
leva-me a pensar que
poucas vezes vislumbramos
a paixão escondida
à nossa volta…
Injustos somos nós,
e não a terra que
nem sempre devolve
o fruto semeado…
Injustos porque não retribuímos
a atenção dada.
Ao fim do campo acabo de chegar,
vontade de retornar
ao início não me falta,
contudo, não desejaria ver as pisadas agrestes
que numa terra inocente deixei…
Hugo Barbosa,
in Noites sem sono
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