Depois de mais uma aventura, 'Piratas da Viela', pelas paisagens do Monte da Padela, hoje de manhã com o Vielense Barros Amorim do Rego, lembrei-me de uns dos meus poemas preferidos de Fernando Pessoa, O Guardador de Rebanhos 1911-1912.
Por isso não poderia deixar passar a oportunidade de partilhar convosco pensamentos do Guardador de Rebanhos.
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| Retrato de Fernando Pessoa Almada Negreiros, 1935 |
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
(...)
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
(...)
Há metafisica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do Mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela ( mas ela não tem cortinas).
Fernando Pessoa,
in Guardador de Rebanhos, 1911-1912
Caro conterrâneo,
ResponderEliminarEstimo em comunicar que sua publicação se tratou de um bela iniciativa!
Talvez os ares puros da Padela lhe tenham feito bem!
caro amigo conterrâneo,
ResponderEliminarA natureza é a mais pura fonte de inspiração, não fosse ela um guia do equilíbrio para o ser humano!!!
Bela manhã Vielense,
grande abraço
Concordo e acrescento: a natureza e a mulher
ResponderEliminarAbraço
Subjectivo. E mais não digo. ;)
ResponderEliminarFoi pena não termos registado o momento KodaK
Abraço Vielense