domingo, 5 de fevereiro de 2012

Carnaval: coerência apenas

Não sou amante dos "carnavais municipais" pela esterilidade e vacuidade dos desfiles, porém, como é uma questão de gostos, aceito o seu contexto e a sua continuidade, ainda que fique atormentado pelas sumptuosas despesas que acarretam e os inúmeros amigos que alimentam as empresas municipais deficitárias.
Contudo, há carnavais e carnavais. Nesse sentido, tenho grande sensibilidade para o Entrudo transmontano que, esse sim, transpira genuinidade, tradição, ancestralidade e cultura, e, dessa forma, deve continuar e ser fortemente promovido.

No meu entender não faz qualquer sentido abdicar de 4 feriados e ao mesmo tempo manter uma tolerância de ponto para o Carnaval. Reflictam através das duas questões: Vale mais um feriado ou uma tolerância de ponto? É preferível um feriado no Carnaval em vez de feriado na Implantação da República ou na Restauração da Independência?

Não é possível Carnaval na terça, faça-se no domingo. Querem mesmo na terça, as Câmaras Municipais que decretem feriado municipal. Uma decisão apoiada puramente na coerência.

3 comentários:

  1. E tratando-se de Carnaval, ninguém deveria levar a mal. Concordo.

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  2. Totalmente de acordo. Em poucas palavras descreveste certíssimo e certeiramente o que há a dizer, de forma sensata, sobre o assunto.

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  3. Também concordo com a tua opinião, mesmo respeitando bastante o gosto popular do conceito do Carnaval. De resto as câmaras municipais já entraram no terreno para decretar feriado municipal, como de direito.
    Posso apenas ressalvar a exceção das regiões em que o Carnaval surge como exponente socioeconómico e um marco cultural como é o caso de Loures, Canas de Senhorim ou Lamego. Nestes casos e a confirmar-se a eliminação permanente da data festiva a nível nacional, é de bom senso que as autarquias procurem elevar o evento a património cultural imaterial nacional, garantindo desde logo um espaço no calendário local para a estabilização do Carnaval no programa cultural da região.
    Não nos podemos esquecer que a promoção do turismo nestas localidades depende em grande medida da continuidade desta tradição e, convenhamos, o país fica a perder com isso...

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