segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sobre o extremismo ecológico e sua questionável utilidade


© Enkel Dika


A ecologia encerra um exemplo óptimo para que reflictas sobre como o combate a algo nocivo e intenso como a poluição pode degenerar num extremismo verde de efeitos igualmente problemáticos.

O activismo verde - expressão que infelizmente é por vezes um eufemismo para actos de terrorismo e anarquia - tem como pilar a busca por uma harmonia entre o homem, a Natureza e a biodiversidade. Sendo um movimento que procura conquistar espaço e adeptos nas sociedades mais industrializadas, terá de percorrer um percurso natural até que se inscreva solidamente na cultura dos povos.

Pode haver vontade de atalhar caminho e inscrever com urgência a ecologia no seio das populações, mas daí não devem resultar desrespeitos pela lei, vandalismo rebelde ou  invasão de propriedade privada. A ecologia não deve ter quaisquer pretensões de estar acima da lei e sequer de ditar quem é poluidor e merece ser punido/boicotado/achincalhado e quem não é. Deve-se meramente cingir à causa que preconiza.

Repara: combater o mal com extremismo é substituir um tipo de maldade por outra.

1 comentário:

  1. Boa perspetiva.
    Mesmo sendo boa a causa, os meios nem sempre justificam os fins.

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