sábado, 24 de dezembro de 2011

A realidade na noite

 
Acordo,
como se noite
árdua e fria
tivesse sido,
mas não foi.

No silêncio da noite
vi  estrelas
umas brilhando
outras não,
interroguei-me.

Olhei  em meu redor,
reparei que nem tudo era belo e sublime,
senti-me enganado
e descobri que
as estrelas não eram excepção…

Naquele instante
o tempo parou,
um ardor estranho apoderou-se
do meu peito
e não mais passou…

Saio da porta,
olho a rua,
o mesmo olhar
acompanha cada
passada que dou.

Deambulo,
talvez perdido,
nos meus inocentes sonhos,
um vazio em mim
clama que seja atendido.

Hugo Barbosa
in Noites sem sono

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