sábado, 31 de março de 2012

Proporção divina...?

O Mundo a que pertencemos, ou melhor, o lugar que tomámos como a nossa casa, é  fiel depositário das mais belas curiosidades matemáticas . Há uma, que pela paixão despertada em inúmeros artistas plásticos, músicos, escritores, pintores, cineastas e talvez no Arquiteto do universo, passará a viver num Cantinho Vielense, refiro-me à proporção divina.


A proporção divina, também denominada número de ouro (phi), é uma constante real algébrica irracional, cujo valor arredondado é 1,618.

Leonardo Da Vinci não resistiu a esta paixão. Mona Lisa e o Homem de Vitrúvio, espelham o encanto nutrido pela dita proporção matemática.

Camões na sua obra emblemática, Os Lusíadas, fez coincidir a chegada à India com o ponto que divide a obra na razão áurea. Homero, em Iliada, serviu-se da razão de ouro para a proporção entre as estrofes maiores e menores.

Os Egípcios arquitetaram as suas pirâmides com base na proporção divina, sendo o bloco do nível acima 1,618 vezes maior que o de nível abaixo. O Parténon, um dos mais belos e importantes símbolos da cultura grega, respeita a divisão de extrema razão.

A semente de girassol, a concha Nautilus e as folhas das árvores manifestam a razão de ouro no seu crescimento.

Assim sendo, creio que a proporção de ouro está associada ao belo, ao esplendor da arquitetura e  à construção do Universo, servos de uma constante matemática, que aguça os mais curiosos e mistifica ainda mais o belo lugar de ouro em que vivemos.

Sendo a beleza uma das virtudes mais procuradas pelos leitores da nossa Viela, aqui ficam algumas linhas de orientação para que te consideres bela(o) ou NãO!!!!

Proporção áurea no nosso corpo:
- Altura do corpo humano e a medida do umbigo até ao chão
- A altura do crânio e a medida da mandíbula até ao alto da cabeça
- A medida da cintura até à cabeças e o tamanho do tórax
- A medida do ombro à ponta do dedo e a medida do cotovelo à ponta do dedo


4 comentários:

  1. Lembrei-me de falar sobre isto porque vi uma reportagem sobre a construção de um modelo Aston martin, em que os engenheiros e designers respeitaram esta proporção na construção do veiculo.....

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  2. Idolatrizo tudo o que seja se Da Vinci. Mas cheguei a um ponto em que todos os meus ídolos me surgem mentalmente relativizados. De início, eram meus mentores. Li e analisei tudo o que criaram e o que deles foi dito. Amei e guardei no coração a sua contribuição. Agora, na minha fase de estudante veterano, começo a questionar. Nunca desprezando as minhas bases, questiono. Não serão as simetrias e as semelhanças uma imensa ilusão recriada pela nossa visão do mundo? Não serão as nossas ideias formadas a partir dessas ilusões do que é a perfeição? Não pode, afinal, coexistir a perfeição e o máximo das nossas potencialidades? Quero dizer, quando será que cada um de nós, seres humanos, pessoas comunitárias e coexistentes, conseguirá dizer “aqui estou eu e ali está o ponto no tempo/espaço que conseguirei otimamente atingir”?

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  3. Vasco, permite-me discordar parcialmente da tua opinião [isto não significa que a considere inválida, muito pelo contrário]. A questão quando está muito bem colocada, isto é, nós nunca saberemos [ao certo] quando é que conseguiremos atingir o/s nosso/s objectivo/s. O ponto espacio-temporal, ao qual te referes, é impossível de prever. Há, simplesmente, demasiadas variáveis a considerar para tornar possível uma previsão desse tamanho. No entanto, a falta desta certeza temporal pode ser compensada por aquilo a que tomei a liberdade de designar de "certeza pessoal". Esta nova certeza não te diz onde, quando ou como o teu sonho se tornará realidade. O único que te pode garantir, é que vai acontecer num futuro (por mais distante que seja). Só a nossa vontade de perseguir sonhos é que nos garante que os iremos concretizar. Não é viável fazer a pergunta e esperar pela resposta. É preciso ir ao encontro dessa resposta…

    [Se reparares, o comentário/imagem do Tiago Barbosa está relacionado com o primeiro, e único, texto que escrevi] =)
    Não quero, com o meu comentário, refutar as opiniões de ninguém, muito menos a tua Vasco. Mas em vez de questionarmos o porquê de andarmos aqui, deveríamos andar antes à procura de uma forma de mudar o mundo. E o mundo pode ser um bairro, uma cidade, uma casa,… Just follow your dreams.

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